Particularmente gostei do post não só por ser uma excelente referência, mas também por ser o que estou estudando atualmente na Panamericana.

1) É mais do que uma simples imagem; ela conta uma história. Seus olhos vão primeiro direto ao Spirit, depois à garota, depois ao fato de que cada um deles está olhando para seu relógio, e a linguagem corporal deixa claro que um está esperando o outro. E então seus olhos descem até onde a bomba está colocada. Depois você vê o horário na bomba. Depois seus olhos vagueiam de volta para cima até o relógio digital e você nota que falta 1 minuto para a explosão. Meu deus, essa capa implora que você abra a revista para descobrir o que vai acontecer.
2) Ela está perfeitamente colorida. PER-FEI-TA-MEN-TE. Os olhos imediatamente vão até o Spirit, o personagem central da revista, em seu azul encorpado. A visão naturalmente cai para a esquerda, encontrando a mulher em suas cores brilhantes porém secundárias. Depois os olhos descem até o vermelho vivo da bomba. E as mangas do vilão são coloridas espetacularmente-aparecendo apenas o suficiente para serem visíveis, não se perdendo em meio ao cinza da plataforma do trem e não se destacando antes que você veja a bomba ou perca seu foco. Os 2 elementos mais importantes da ilustração – o herói e a bomba – são os elementos que se destacam mais claramente, como deveria ser. O logo tem sua cor precisamente retirada de outras cores na ilustração, e ainda assim é perfeitamente legível. Se alguém tivesse feito esse logo, digamos, vermelho vivo, eu teria que bater nessa pessoa. Isso teria arruinado o balanço da capa toda. Da mesma maneira, se os braços do vilão fossem gritantes para chamar atenção, eles brigariam para serem vistos primeiro e teriam estragado a composição.

Eu tenho sido, como todas as pessoas espertas, fã do trabalho do Paul por muito tempo, mas esse é um gol da harmonia. Jovens ilustradores, jovens editores, quando em dúvida, façam isso. Isso é uma capa. Eu vou usá-la como objeto de ensino de agora em diante.”